Fiquei pensando em como começaria esta resenha pois é difícil resenhar um livro quando você não tem uma opinião concreta se gostou dele. Mas mesmo assim vamos lá, quem sabe chegamos a alguma conclusão no final.
Primeiramente este livro foi um grande sucesso internacional inclusive tendo seus direitos vendidos para Dreamworks, então esperem um filme em breve.
O livro conta a história de Rachel, uma alcoólatra, que pega o trem da manhã sempre no mesmo horário. Em determinado trecho o trem para e Rachel começa a acompanhar à distância a vida do casal Jess e Jason, como ela mesma os apelidou. Uma pequena obsessão começa a nascer aí, quando Rachel imagina a vida perfeita que este jovem casal leva.
Um dia Rachel vê Jess com outro homem que não Jason, e pouco depois Jess, ou melhor Megan, desaparece misteriosamente.
Daí por diante Rachel parte em busca de respostas para o desaparecimento de Megan, inclusive indo à polícia para contar tudo que viu. Por seu comportamento imprevisível, Rachel não é uma testemunha confiável, por isso ela resolve por si mesma investigar o caso.
É difícil fazer resenhas de thrillers sem dar spoilers mas o que está descrito aí acontece bem no começo do livro, então não vai prejudicar sua diversão.
O livro é narrado por três personagens, Rachel, Anna (atual esposa do ex-marido de Rachel) e Megan (a desaparecida) além de misturar um pouco a ordem cronológica dos fatos.
Por que não sei se gostei? Porque o livro em si é um pouco deprimente, Rachel (nossa protagonista) não é a pessoa mais carismática do mundo, ela é alcoólatra, vive perseguindo o ex-marido e mente compulsivamente para justificar sua conduta. É difícil se identificar com um personagem desses. Rachel é aquele tipo de pessoa que você quer pegar pelos ombros e sacudi-la e dizer "sua louca, você estava indo bem. Pare de fazer isso." Sem contar a vergonha alheia que senti em vários momentos.
E conforme vamos conhecendo os outros personagens vemos também que todos tem sérios problemas de caráter, então não sobra muito para gostar.
Quanto à escrita, a autora mantém o suspense até o final, a escrita é fluída e o desfecho é interessante, mas nada que eu não suspeitasse quanto estava chegando perto do final do livro.
Compará-lo à Garota Exemplar chega a ser um sacrilégio, pois no meu ponto de vista a única comparação plausível é que ninguém no livro é exatamente como aparente ser.
A Garota no Trem é aquele tipo de livro que você tem que ler sem expectativas e aí quem sabe você possa realmente gostar dele.
Eu também quis sacudir a Raquel. Não sei como aquela dona do apartamento a aguentava. Aquela ali merece um troféu pela paciência. Tive as mesmas reações ao livro que você. Compará-lo à Garota Exemplar foi pura estratégia de marketing. Até o título A Garota no Trem deve ter sido escolhido no intuito de atrair os fãs da Gillyan. O título correto seria " A bêbada no Trem", rs.
ResponderExcluirÓtimo comentário Ronaldo (rachei de rir, o título realmente deveria ser isso)... Estou lendo esse livro e demorando um pouco, acho que é uma história bem deprimente.. Sei que tem um mistério no ar, mas tenho a sensação que a autora está enrolando um pouco, vamos ver o final! Adorei a resenha!
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