sexta-feira, 17 de junho de 2011

Entrevista Cally Taylor

A jornalista Flávia Custódio, do jornal O Fluminense, fez uma entrevista com a escritora Cally Taylor, autora do livro O Céu vai ter que esperar.

Como este é o livro do mês no blog decidi publicá-la aqui. Na entrevista, Cally fala sobre de onde tirou a idéia de escrever o livro, de suas dificuldades em publicá-lo e o que acha de vê-lo na tela do cinema.

Para ler a entrevista na íntegra acesse o link:

De onde você tirou inspiração para escrever “O Céu vai ter que esperar!”, que acaba de chegar ao Brasil?
Duas situações me inspiraram para escrever. A súbita morte de uma amiga minha e uma pergunta do meu namorado da época: se ele morresse, quanto tempo eu esperaria até seguir adiante e conhecer outra pessoa? Nesta época, comecei a imaginar o que aconteceria se alguém morresse e se recusasse a ir para o céu. O que aconteceria se fosse dada a essa pessoa a oportunidade de voltar à Terra para passar mais tempo com as pessoas que amam? É difícil imaginar que um autor de comédia romântica consiga achar humor na morte, mas foi exatamente isso que eu fiz no livro.

E a personagem principal do livro, a Lucy, foi inspirada em alguém que você conhece?
Lucy não é, especificamente, baseada em alguém que eu conheço. Ela é uma total invenção da minha imaginação (com um pouco, bem pouquinho de mim nela). Mas eu decidi dar a ela o mesmo nome da minha amiga que morreu. Pensei que esta seria uma boa maneira de homenageá-la.

Este é o seu primeiro romance, certo? Você encontrou qualquer dificuldade de publicar o livro ou os editores aceitaram o seu projeto desde o começo?

Eu tive muita sorte, porque o livro foi distribuído na Inglaterra pela Orion um mês depois de eu ter assinado com meu agente. Logo depois disso, houve uma ação publicitária do livro na Alemanha e O céu vai ter que esperar! acabou traduzido para doze outras línguas. Achar editoras foi a parte mais fácil do processo, mas tive que passar seis meses reescrevendo o livro, lapidando-o, antes que meu agente resolvesse de fato assinar comigo!

Que autores influenciaram seu estilo de escrita? Você fez algum trabalho de leitura intensiva e de pesquisa para começar a escrever este livro?
Eu sou fã de um grande número de escritores, desde Aldous Huxley até Margaret Atwood, mas não tenho certeza se algum deles influenciou meu estilo de escrever. Acredito que, como autor, é muito importante que você encontre a sua própria voz, ao invés de ficar tentando imitar outros autores. Não fiz nenhum tipo de pesquisa para escrever O céu vai ter que esperar!. O livro foi total fruto da minha imaginação mesmo, mas eu li, sim, vários livros sobre o desafio de escrever um romance, e recomendo meus preferidos no meu site http://www.callytaylor.co.uk/.

A Grã Bretanha e a Irlanda têm diversas escritoras fabulosas de chick lit como, por exemplo, Marian Keyes, Helen Fielding and Sophie Kinsella. A que você acha que isso se deve? Você é fã de alguma destas autoras em especial?
Sou uma grande fã das escritoras de chick lit da Irlanda e do Reino Unido. Minha preferida é a londrina Lisa Jewell. Ela foi a primeira escritora de chick lit que eu li. Amo a forma com que ela estrutura seus personagens e histórias. Eu também adoro as escritoras Helen Fielding e a Sophie Kinsella. Elas parecem conferir uma dose de humor às suas histórias de forma totalmente despretensiosa, sem esforço.

E a que você acha que se deve esta verdadeira tradição da Grã Bretanha e da Irlanda de produzir escritoras de chick lit maravilhosas?
Acho que isso deve acontecer devido ao senso de humor britânico. Nós somos muito bons em compartilhar histórias embaraçosas sobre coisas que fizemos, nos colocando para baixo de forma engraçada e leve. Acho que este senso de humor pode ser muito bem traduzido para romances. Acho que as mulheres britânicas são muito românticas também. A combinação entre romance e senso de humor é igual a livros e mais livros de chick lit.

Você já leu o livro “Tem alguém aí”, da Marian Keyes? Este livro também trata da temática da morte. A personagem perde o marido e luta para conseguir lidar com a situação. Qual a diferença entre o seu livro e o da Marian?
Tenho que admitir que não li este livro. Quando eu estava escrevendo O Céu vai ter que esperar!, evitei ler qualquer livro que tivesse a temática minimamente parecida. Eu não queria ser influenciada pela maneira com que os outros autores escreveram sobre o tema. Se existe algum livro que é similar ao meu, eu provavelmente citaria o P.S. Eu te amo, da Cecilia Aherne, já que os dois são sobre perda, mas incluem humor e lágrimas em doses similares.

Diversos livros de chick lit já foram adaptados para o cinema, como “O diabo veste Prada” e “Os delírios de consumo de Becky Bloom”, entre outros. Você tem a intenção de transformar seu livro em um filme também?
Eu iria amar que O céu vai ter que esperar! fosse adaptado para o cinema. E diversas pessoas que leram o livro vieram me falar que a história tem potencial para o cinema. Os direitos ainda estão disponíveis, então se houver alguma companhia de produção de cinema interessada em transformar a história em um roteiro, eu adoraria que ela entrasse em contato comigo.

Algum recado para suas leitoras brasileiras?Queria agradecê-las muitíssimo por comprarem o livro O Céu vai ter que esperar! e espero mesmo que elas gostem do que estão lendo. Eu adoro ter o feedback das leitoras então elas podem se sentir livres para entrarem no meu site (http://www.callytaylor.co.uk/) e me dizerem o que elas acharam do livro. Eu respondo todos os emails que recebo.

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