Conheci primeiro a série da Netflix de mesmo nome e depois que fui pesquisar, soube que ela foi inspirada no livro de John Douglas, agora agente aposentado do FBI.
O LIVRO
O livro é de cunho biográfico. No início conhecemos John Douglas e toda sua história de como chegou ao FBI, dos times de beisebol e futebol americano que jogou na adolescência, da aspiração em se tornar veterinário, e posteriormente sua passagem pela Força Aérea. E como todas as experiências que ele teve na vida influenciaram na sua capacidade de analisar perfis de criminosos na Unidade de Ciência Comportamental do FBI na qual ajudou a montar.
Como é um livro biográfico a leitura da vida de Douglas é um pouco arrastada, porque, afinal, queremos saber sobre os perfis que montou, criminosos que encontrou. E a partir da página 80 que o livro começa a engrenar nesse sentido.
Nas páginas seguintes até o final o livro somos apresentados a dezenas de casos aos quais Douglas trabalhou diretamente ou seus colegas.
São dezenas de serial killers e Douglas explica como chegou aos seus perfis e como isso ajudou a colocar criminosos perigosos atrás das grades.
Douglas expõe casos famosos como o de Charles Mason e casos que tiveram grande repercussão nos EUA e principalmente de serial killers. Mas não é só isso. Douglas nos dá um panorama de negociação de reféns, casos de envenenamento, assalto a banco e crimes cometidos por pessoas próximas à vítima.
O livro me lembrou um pouco o de Ilana Casoy que fez um panorama dos mais terríveis serial killers do mundo.
Se vc leu esse e gostou, com certeza gostará de Mindhunter.
Só como curiosidade, o caso que mais me chocou foi o do padeiro de Anchorage, no Alasca, que raptava suas vítimas, levava-as para a floresta e as caçava como animais.
Com certeza muito dos filmes de hoje foram tirados de casos descritos no livro.
Enfim, o livro vale a pena para quem tem interesse em casos reais e gosta de saber como é realizado o trabalho da polícia
Como disse conheci a série antes do livro e adorei. O diretor David Fincher, pra mim, é sensacional e não decepciona nesse novo trabalho.
A série tem alguma licença poética do livro, como não deveria deixar de ser, mas muito das informações do livro são ditas de forma quase literal na série.
A série começa com o início da Unidade de Ciência Comportamental no FBI e como as entrevistas aos criminosos eram feitas na prisão e evolui para quando os agentes começaram a ajudar policiais de todo o país a solucionarem crimes e ensinar técnicas de interrogatório.
Só achei 10 episódios pouco pelo que a série podia apresentar e também achei fraco os dois últimos que deveriam nos preparar para próxima temporada e no final senti que ficou um anticlímax.
Enfim, a série é muito boa, mas se pudesse recomendar, falaria para ler o livro primeiro e depois ver a série.
A segunda temporada já foi confirmada e trará os assassinatos de crianças ocorrido em Atlanta. Se for retratada como no livro será imperdível.